Eu sempre falo e escrevo sobre
Força, Poder e Energia. O Yôga antigo preserva essas características e nosso
treinamento é forte, porém, sempre respeita o bioritmo de cada um. Para
assimilar e absorver todo esse treinamento, precisamos aprender também a
relaxar, a descontrair o corpo todo. E nós, do Yôga, somos magistrais nas
técnicas de descontração também.
Vale lembrar que Yôga não é ficar
só relaxando, como algumas pessoas ainda pensam por aí. Yôga é uma filosofia
prática que proporciona ferramentas indispensáveis para o desenvolvimento
humano, para o autoconhecimento e consequentemente para a hiperconsciência.
No entanto, falaremos hoje, um
pouco sobre yôganidrá. Nidrá siginifica sono, portanto, yôganidrá é o sono do
yôgi. Um sono onde o corpo dorme e relaxa por completo, mas mantém a mente lúcida e acordada o tempo todo. Momento de descanso e revitalização de todo o organismo.
Utilizamos o yôganidrá para gerar
um estado de receptividade e fazer a energia do seu corpo fluir mais livremente
por conta da descontração alcançada. Por isso, sempre digo em minhas aulas: é
proporcional ao nível de descontração que se atinge no yôganidrá, o que se
absorve e assimila das técnicas praticadas anteriormente, acelerando seu processo evolutivo e fazendo com que a próxima aula seja muito melhor.
E é exatamente nesse momento da
aula que aproveitamos para
reprogramar nossas emoções e nossa mente para aquilo que desejamos. Como?
Mentalizando, como se fosse um filme passando em sua tela mental aquelas
conquistas que você deseja para o seu dia-a-dia, desde melhorias na saúde, nos
relacionamentos sociais, afetivos, profissionais, e assim por diante. Você
aprimora seu poder de mentalização e consequentemente, o seu poder de
realização.
Vale ressaltar que essa técnica de descontração pode e deve ser realizada por todos os atletas e esportistas, diminuindo o risco de lesões e melhorando assim seus resultados rumo à alta performance e excelência humana.
Técnica corporal e
respiratória para o yôganidrá
A posição ideal para o yôganidrá
é o shavásana, ou seja, deitado em decúbito dorsal ou ventral. É preciso estar
bem acomodado para conseguir descontrair. E a respiração deve ser lenta,
consciente, profunda, silenciosa e nasal, quase que imperceptível. Este ritmo
respiratório altera seu estado de consciência, proporcionando um aquietamento
de todos os corpos: físico, emocional, mental e intuicional.
Shavásana - Times Squares/NY
Descontração nos ásanas -
técnicas corporais
Até mesmo nos ásanas, é de
extrema importância saber relaxar a musculatura. Desde que começamos a executar
um ásana, este flui por diversos momentos até chegar ao seu ponto máximo. A
primeira fase é o relax, onde você deixa o corpo se acostumar com a posição.
Durante a permanência, naturalmente, o corpo vai cedendo e a posição vai se
tornando cada vez mais agradável. Dessa forma, o ásana é assimilado biologicamente
pelo organismo como um todo. Chamamos esse momento de fase passiva. Assim que o
corpo se acomoda, você passa à fase ativa, intensificando a técnica até chegar
ao auge, fazendo o seu melhor e mantendo uma expressão de bem-estar. Leia mais sobre
Atitude interior perante os ásanas.
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Relax - Reprogramação emocional.