quarta-feira, 28 de novembro de 2012

O saber e a sabedoria

"O saber a gente aprende com os mestres e os livros. 
A sabedoria, se aprende é com a vida e com os humildes."
Cora Coralina


Coragem, força e coração puro


Enfrente as situações, olhe a vida com coragem, força e coração puro... 
... Se você quer que o Universo conspire a seu favor.

Penso que a "conspiração do Universo a nosso favor" quer expressar a ideia
de vibrarmos em tais frequências que sintonizam com determinadas ondas vibratórias.
Por exemplo, se você vibra na frequência do amor, vai sintonizar com o amor.
É uma questão de energia e nível de consciência ao qual se encontra o indivíduo.
A "facilidade da felicidade", na verdade
é a facilidade de se iludir, de se identificar com as efemérides da natureza.
Quando se realiza a identificação com o Todo,
torna-se o Todo, o Universo, o Infinito, o Purusha, a Mônada,
o sei lá o quê... dá-se o nome que quiser.
Ou seja, é você a seu favor.
É você consigo mesmo.
Simplesmente é!
É!

Isso é Karma!
Ação e Reação.
Uma pessoa lúcida sabe o que quer plantar e sabe o que vai colher.
Atos conscientes geram os frutos esperados.

Agora vai uma questão para o seu auto-estudo:
As suas ações reverberam como você espera que isso aconteça?

Medite e se conheça melhor!

Marina Engler


terça-feira, 27 de novembro de 2012

E a vida...


“A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.”

Charles Chaplin



sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Ponto de vista!

Não encontrei o nome desse ásana no livro Tratado de Yôga, 
mas por lógica deve ser garuda vrishkásana

Utthita êkapáda ardha vrishkásana


terça-feira, 13 de novembro de 2012

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Kriyá



Tornar-se puro, por fora e por dentro,
puro de corpo, emoção e mente.
Cultivar a limpeza de coração
e a limpeza do ambiente à sua volta.

A higiene alimentar,
ingerindo alimentos limpos.
Limpos de dor e de sangue,
limpos de aditivos e de substâncias nocivas.

A higiene mental,
gerando pensamentos positivos,
construindo os alicerces mentais
de boas obras e úteis ideais.

A higiene emocional,
sublimando emoções pesadas,
atenuando o ego,
tornando-as sentimentos leves e limpos. 

Tudo isso é bhúta shuddhi,
do qual os kriyás constituem a contraparte técnica.
Prática de higiene, limpeza e purificação.

Isso é Kriyá!

DeRose, Tratado de Yôga

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Higiene, dinheiro e pimenta no século XVI


Após 80 anos de intensas batalhas e muita luta, os portugueses finalmente encontram o caminho marítmo para as Ìndias. Em 18 de maio de 1498, Vasco da Gama e seus homens avistaram o monte Eli na costa do Malabar na Índia. 

Malabar é um importante entreposto comercial e berço da pimenta, do cardamomo, canela e muitas outras especiarias que fez daquele lugar um grande mercado de trocas entre hindus, cristãos, judeus, gregos, árabes e outros.
Após vencer dois oceanos e andar mais de 20 mil kilômetros, Vasco da Gama volta a Portugal com o navio repleto de pedras precisoas, tecidos e especiarias. Um verdadeiro marco na navegação mundial. Esse grande passo para o comércio mundial também causou cenas que no mínimo eram de se imaginar constrangedoras.
 Nossos colegas lusos, espanhóis, franceses, italianos, entre outros, eram bravos e destemidos guerreiros que saíram de uma Europa com fortes resquícios medievais, com quase nenhuma infra-estrutura na área de saúde, esgotos e etc., marcada pelos péssimos costumes e hábitos advindos. Soma-se a tudo isso as condições precárias pelas quais nossos marinheiros navegavam em direção ao novo mundo.
Muitas dessas viagens duravam cerca de 12 meses ou mais, nelas muitos eram marinheiros de primeira viagem e passavam muito mal por conta do balanço das embarcações o que contribuía em muito para a sujeira no convés. Banheiro não havia, o máximo eram baldes amarrados a uma corda, na qual os marujos se aliviavam e os jogavam ao mar para limpá-los, o papel higiênico era uma corda desfiada na ponta que tinha a sua extremidade mergulhada no mar depois de feito o serviço de asseio pessoal. A falta de higiene a bordo e as péssimas condições sanitárias sem dúvida nenhuma eram a grande causa de muitas doenças e males.
A alimentação também não era a mais adequada. Cada bravo tinha direito à meio quilo de carne seca salgada, cebola, vinagre, azeite, água, vinho e um biscoito duro e seco. Poucos dias depois a água estava turva e fétida, o vinho azedo, a carne podre e os biscoitos embolorados devido a grande umidade presente nas embarcações de madeira. No final das expedições um rato chegava a ser uma iguaria sem igual. O escorbuto, traduzido como “ventre aberto”, atacava os navegantes que ficavam por muito tempo sem ingerir vitamina C. A doença causa hemorragias que inchavam as gengivas, as aprodreciam e faziam co que ficasem mal cheirosas.
Aqueles que sobreviviam as péssimas condições de higiene e alimentação tinham que sobreviver também a viagem em si. De cada 3 navios que zarpavam 2 não retornavam, de cada quarenta marinheiros, vinte não voltavam.
Voltando a Gama e seus homens, em maio de 1498 em Malabar, Gama se encontra com o rája de Calicute e temos então um choque diplomático no mínimo inusitado. Os lusos foram vistos como visitantes de segunda classe. Gama ofereceu ao nobre rei de Calicute chapéus, quatro colares, seis bacias de cobre, dois barris de azeite e dois de açúcar. Tais oferendas soaram como ofensas a um rei coberto de pedras preciosas e seda.
Vasco da Gama não se banhava a mais de um ano, não só por conta da expedição mas por que  afinal um banho de corpo inteiro era comum na Europa apenas duas vezes por ano, seus odores não eram dos melhores e sua alimentação e de seus homens durante aquele período também não. Foram então conhecer o salão real, os sacerdotes do rája borrifavam perfume nos visitantes a fim de aliviar os Cheiros de Corpos e pediram para que os mesmos tapassem a boca com a mão esquerda ao dirigirem a palavra ao samorim, Glafer pediu também aos visitantes para não tocarem com os lábios na prata dos copos que iriam beber água e além disso, solicitou que os ilustres viajantes  evitam-se o escarro e o arroto.
Glafer em sua sala estava sentado envolto em uma túnica bordada com rosas de ouro, seus cabelos sedosos, suas unhas dos pés e das mãos esmaltadas e seu hálito perfumado pro uma mistura de cânfora e âmbar e faziam daquele encontro o encontro dos extremos. Antes de se vestir era tradição passar no corpo uma pasta perfumada pelo corpo, talco, almíscar e outras essências, a barba e o bigode eram aparados e os homens se depilavam. Além disso, o ambiente era perfumado com incenso e os nobres mastigavam uma mistura de cravo e canela para perfumar o hálito.
A tradição de limpeza e purificação nos ritus hindus é muito conhecido. Dentro do Yôga tomou uma conotação ainda mais acentuada e suas técnicas são conhecidas como kriyá. Kriyá significa atividade e sua definição formal é atividade de purificação de mucosas. Os kriyás se aprofundam no conceito de limpeza fazendo com que ele não fique restrito a limpeza externa. Grande parte do acervo das técnicas de purificação orgânicas do Yôga são em geral de limpeza das mucosas internas. Entre os principais kriyás, temos o “shat karma” ou “seis ações” que resumem os mais conhecidos e importantes. São eles:
   Kapálabhati
Limpeza do cérebro e dos pulmões. Também pode ser catalogado como pránáyáma.
   Trátaka
Limpeza dos globos oculares e treinamento para melhorar a visão. Tem atuação muito rápida para astigmatismo e hipermetropia.
   Nauli
Limpeza dos intestinos e dos órgãos abdominais por massageamento.
   Nêti
Limpeza das narinas e do seio maxilar com água (jala nêti) ou com uma sonda especial (sútra nêti).
   Dhauti
Limpeza do esôfago e do estômago com água (jala dhauti) ou com uma gaze (vasô dhauti).
   Basti (vasti)
Limpeza do reto e do cólon com água. Foi o ancestral do clister.

Flagrou-se então um verdadeiro choque de culturas e hábitos que deve ter sido no mínimo hilário. O Europeu com ares de conquistador recheado de bugigangas para oferecer aos nativos em troca de informações, encontrando pela frente um maharája ostentando uma limpeza impecável e muito luxo.
Essa situação realmente foi tão desconfortável que poucos anos mais tarde o próprio D. Manoel, rei de Portugal, informou que umas das principais missões de Pedro Álvares Cabral, naquele momento o homem escolhido para ir as Índias, era o de impressionar os rajás hindus com a “pujança da frota lusitana” abarrotando as naus com muitas moedas de ouro.
Até hoje a noção de limpeza do Yôga nos surpreende e nos faz pensar que a limpeza necessita de um cuidado que poucos percebem: a alimentação. Muito da sujeira que acumulamos está relacionado com aquilo que comemos. A limpeza interna sugerida pelos kriyás são uma lição de higiene e cuidados consigo próprio em um mundo que se cultiva muita a aparência externa. Além disso nos faz refletir sobre o quanto as nossas emoções mau administradas também nos conspurcam externamente e internamente.

Andre Mafra

Diretor da Uni-Yoga – Unidade Brooklin

Para saber mais leia:
Tratado de Yôga, DeRose - Nobel 
Coleção Terra Brasilis de Eduardo Bueno

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Neti Kriyá - limpeza das fossas nasais

Não é surpreendente que a prevalência de Rinite e Sinusite em todo o mundo continue a aumentar, já que se observam níveis crescentes de poluição e de urbanização.
Aqueles que já experienciaram esta técnica vão confirmar os imensos efeitos, incluindo o descongestionamento das seios da face, bem como a diminuição da frequência, ou mesmo a eliminação por completo, de resfriados e sinusites.

A Base Científica para Jala Neti Kriyá

Em seu resumo, "a base científica para algumas práticas de Yôga em caso de sinusite", o  Dr. Ananda Bhavanani diz que "a solução salina hipertônica melhora a depuração mucociliar, dilui o muco e pode diminuir a inflamação." 
Isto é apoiado por Dr. Marple, professor de otorrinolaringologia da Universidade do Texas, que afirma que "a irrigação nasal com solução salina é uma intervenção altamente eficaz, minimamente invasiva para pessoas que sofrem de problemas nasais."
A pesquisa do Dr. Ananda revelou que a irrigação nasal com solução salina, ou Jala Neti Kriya, pode efetivamente melhorar a drenagem dos seios da face em crianças, sendo que quando realizada diariamente, apresentou uma eficácia global na redução dos sintomas da sinusite em 70% dos pacientes.
Apesar de todas as evidências dos benefícios que a higienização nasal e dos seios paranasais traz, pela retirada de incrustações e toxinas acumuladas, a comunidade médica, em grande parte, parece ainda desconhecer este tratamento preventivo, simples, seguro e altamente eficaz. 
Lota

Como fazer?

  1. Aqueça 500ml de água filtrada ou mineral até ficar levemente morna; 
  2. Adicione uma colher de chá rasa de sal de cozinha;
  3. A água morna tem função vasodilatadora e o sal (cloreto de sódio), dissociando-se em cloro e sódio, age como bactericida e anti-séptico. O sal ajuda, ainda, a proteger o revestimento da mucosa nasal, bem como manter sua hidratação, tornando-a mais resistente aos agentes alergênicos como fungos e ácaros. A água sem o sal irrita a mucosa, causando ardência e ressecamento. Para sinusites, é opcional usar duas gotas de extrato de própolis, e, para rinites alérgicas, duas gotas de limão.
  4. Coloque a água com sal no LOTA até encher;
  5. Introduza o bico do aparelho numa das narinas de modo que se encaixe perfeitamente, incline a cabeça para frente e para o lado deixando a boca entreaberta e respire pela boca devagar;
  6. Vá inclinando o LOTA para que a água entre pela narina e espere que ela saia do outro lado; 
  7. Use todo o conteúdo de um lado e assoe o nariz devagar;
  8. Repita o procedimento para o outro lado;
  9. Em seguida, assoe o nariz vigorosamente várias vezes sem tampar nenhum dos lados.

Como evitar os erros mais comuns:
  1. Se você estiver na pia do banheiro não olhe no espelho. Olhe para seu cotovelo que deve estar elevado.
  2. Não incline demais a cabeça para o lado, a água pode escorrer para a garganta, não tem problema nenhum, mas não é adequado.
  3. Não abra demais a boca para respirar, relaxe deixe apenas entre aberta.

Leia mais no livro Tratado de Yôga do educador DeRose



Mantra




"Som sagrado, ritmo,
Palavra de poder.
Verbo capaz de catalizar
Mente em matéria,
Emoção em ação!
Vibração que transmuta,
Evolui e metamorfoseia.
Som da natureza sutil.
Som cósmico que potencializa.
Som que, produzido pelo yôgin, tudo harmoniza.

Som que sacode o seu interior
E reorganiza suas moléculas.
Som que gera ressonância
No seu coração
E torna sua alma profundamente leal.

Isso é mantra!"

DeRose, Tratado de Yôga

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Sanduiche de abobrinha



- 1 baguete com cerca de 15 cm de comprimento (utilizamos uma baguete de cebola, mas use a que você preferir)
- 2 fatias de queijo Emmenthal ou outro de sua preferência (cerca de 40g)
- 1 colher (sopa) de azeite de oliva
- 1 cebola pequena cortada em fatias no sentido do comprimento, formando pétalas
- 1 xícara (chá) de abobrinha fatiada bem fina (cerca de 1mm de espessura)
- sal e pimenta do reino a gosto
- pimenta Chili seca a gosto
- 1 colher (sopa) de molho de soja
- 1 colher (sopa) de aceto (vinagre) balsâmico
- meia colher (sopa) de orégano fresco

Modo de Preparo:

- Corte a baguete no sentido do comprimento e acomode as duas metades, miolo virado para cima, numa assadeira. Sobre a metade que é a base do pão acomode as fatias de queijo.
- Leve ao forno médio (180oC), preaquecido, por cerca de 10 minutos ou até que o queijo derreta bem.
- Enquanto o queijo derrete, prepare o refogado de abobrinha: numa frigideira aqueça o azeite. Acrescente a cebola e refogue até que ela fique transparente e dourada. Acrescente as abobrinhas, tempere com sal e com as pimentas a gosto e refogue rapidamente, apenas para elas murcharem ligeiramente, mas sem perder a crocância.
- Adicione o molho shoyo, o aceto balsâmico e o orégano, misture bem e desligue o fogo. 
- Quando o pão estiver pronto, monte o prato: coloque a base de pão com o queijo derretido sobre o prato. Despeje o refogado de abobrinha e tampe com a outra metade de pão.
- Sirva imediatamente.
- Observação: como é bem recheado, coma com garfo e faca.

- Rendimento: 1 sanduíche
- Tempo de preparo: cerca de 15-20 minutos

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Dentro de nós, uma vastidão!





"Vocês não fazem idéia da vastidão que existe dentro de vocês. 
Este corpo parece pequeno, mas ele é a imagem do universo inteiro. 
Neste corpo existe um sol mil vezes mais brilhante que o sol externo."

Sri Aurobindo