Duas práticas milenares que levam
a cabo o processo de autoconhecimento.
Como o Yôga pode complementar a
prática do teatro?
A respiração (pránáyáma) é a base
da vida e consequentemente, a base do teatro. É necessário ter foco nos ensaios
e principalmente no palco. E a respiração ajuda o ator/atriz a manter o foco, a
disposição e evitar momentos de muita adrenalina antes de suas apresentações.
Os treinamentos respiratórios dos yôgis desenvolvem maior consciência sobre o
sistema respiratório, aumentando a capacidade e resistência pulmonar. E, para
nos aprofundarmos um pouco mais, a respiração vai além: para Iben Naguel Rasmussen, a respiração
é elemento fundamental para o surgimento de um estado criativo do ator. Leia
mais no artigo: Respiração e criação cênica.
A vocalização de sons e
ultra-sons (mantras) atua no processo de melhorar a voz, fazer com que ela
reverbere mais longe e alcance até o último espectador, com força e vigor,
sentimento e intenção. Aprimora o ritmo, a dicção e a musicalidade. E é uma das
melhores ferramentas para aquietar a mente.
As técnicas corporais (ásanas)
promovem força, flexibilidade, leveza, agilidade, beleza, centro e
estabilidade. Auxilia na superação de inibições e resistências, desenvolvendo
maior expressão corporal e melhor performance física. Fundamental para uma boa
atuação.
O corpo é a fonte da expressão, de onde
brota a arte do movimento, o teatro e a dança. É a própria expressão, o artista
de si, preparado para a cena e a incorporação de sua arte.” Fonte: Oficina corpo cênico.
As técnicas de descontração
(yôganidrá) colaboram para a absorção e assimilação das demais técnicas,
promovem uma reprogramação emocional e um contato profundo consigo mesmo,
atuando intensamente no processo de administração do stress.
Todas as técnicas anteriores
aplicadas com disciplina, constância e seriedade nos conduzem a uma melhor
concentração, melhor percepção sobre si mesmo e expansão da consciência como um
todo.
Marina Engler
Nenhum comentário:
Postar um comentário