segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Oficinas de SwáSthya Yôga no Festival Canja 2012

Boas novas!
Nesse final de semana teremos duas oficinas ministradas por mim no Festival Canja:




Oficina de mantras: 
Com participação especial de Fer Vasconcelos no djembê e Cauê Reis no didgeridoo.
Sábado, dia 1/9, às 11h

     1.     O que é mantra?
     2.     Tipos de mantras;
     3.     Japamálá;
     4.     Mantra - uma ótima ferramenta de concentração;
     5.     Um pouco de sânscrito;
     6.     Prática – vocalização de sons e ultra-sons.

Oficina prática:
Domingo, dia 2/9, às 11h

     1.     Técnicas respiratórias;
     2.     Atividade de purificação das mucosas;
     3.     Técnicas corporais;
     4.     Relax;
     5.     Mantra;
     6.     Concentração;
     7.     Meditação.


     Local: Parque Vitória Régia.

     Obs.: lembre-se de levar uma canga ou um mat para se sentar mais confortavelmente.    

     Saiba mais no site do Festival Canja.

Sat chakra


Participe!
Sua presença é muito importante.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Samádhi - hiperconsciência


A etapa da meditação é bem avançada, contudo, dhyána não é a meta. A meta do Yôga é o samádhi. Só o Yôga conduz ao samádhi.


Samádhi está muito além da meditação. Para conquistar esse nível de megalucidez, é necessário operar uma série de metamorfoses na estrutura biológica do praticante. Isso requer tempo e saúde. Então, o próprio Yôga, em suas etapas preliminares, providencia um acréscimo de saúde para que o indivíduo suporte o empuxo evolutivo que ocorrerá durante a jornada; e provê também o tempo necessário, ampliando a expectativa de vida, a fim de que o yôgin consiga, em vida, atingir sua meta.
Os efeitos sobre o corpo, sua flexibilidade, fortalecimento muscular, aumento de vitalidade e administração do stress fazem-se sentir muito rapidamente. Mas para despertar a energia chamada kundaliní com segurança, desenvolver as paranormalidades e atingir o samádhi precisa-se do investimento de muitos anos com dedicação intensiva.
Existem vários tipos de samádhi. O sabíja samádhi, também denominado savikalpa samádhi ou samprajñata samádhi, é o menos difícil e espera-se que todo praticante de Yôga veterano o experiencie pelo menos uma vez. O nirbíja samádhi, também chamado nirvikalpa ou asamprajñata samádhi, bem, esse já é praticamente inatingível por quem não tenha a conjugação de dois fatores: muita dedicação ao longo de anos e uma programação genética favorável.

Fonte: Meditação e autoconhecimento, DeRose.

Dhyána - meditação


Meditação, no entanto, requer algum esclarecimento. Tradução incorreta do vocábulo sânscrito dhyána, o termo meditação foi universalizado e, por isso, agora é impossível substituí-lo. Contudo, quando falamos com pessoas mais informadas, preferimos utilizar designações tais como intuição linear ou supraconsciência. Pois, na verdade, “meditar” em Yôga significa exatamente o oposto do que essa palavra traduz.
O dicionário diz que meditar é pensar, refletir sobre algo. Contudo, a proposta do exercício chamado dhyána é parar as ondas mentais, es- vaziar sua mente de pensamentos, suprimir a instabilidade da cons- ciência (chitta vritti nirôdhah), Yôga Sútra I-2.
Para quê parar de pensar? Na verdade, o culto aos “milagres da sua mente” e venerações aos poderes mentais só são concebíveis por parte de pessoas semi-leigas. Para quem já conquistou estágios mais avan- çados no Yôga, a mente é uma ferramenta muito rudimentar, lenta, limitada e falha.
Fernando Pessoa, poeta e filósofo português do século passado, concorda:

“Há metafísica bastante em não pensar em nada.
Que tenho eu meditado sobre Deus e a alma e sobre a criação do Mundo?
Não sei. Para mim, pensar nisso é fechar os olhos e não pensar.”

Assim como durante o dia o sol eclipsa a sutil luminosidade das estrelas e elas não nos aparecem, da mesma forma cada manifestação mais densa eclipsa as mais sutis. O corpo físico eclipsa o emocional. O emocional eclipsa o mental. E o mental eclipsa o intuicional, onde se processa a verdadeira meditação.
Por isso, quando queremos cultivar ou explorar as emoções, como no caso de uma prece ou mesmo de um relacionamento afetivo, procu- ramos o aquietamento físico. Quando queremos desimpedir o mental, buscamos o aquietamento emocional não há lucidez mental se o indivíduo está emocionado. Da mesma forma, se queremos chegar à meditação, precisamos aquietar a mente. Ou melhor, um dispositivo muito mais vasto que a mente, algo que no Yôga denominamos chitta. Ao aquietar esse veículo ou instrumento, afloramos um outro estado de consciência superior, que estava todo este tempo eclipsado pela mente. Tal estado é chamado supraconsciência (dhyána). Por esse motivo o homem comum não consegue meditar: seu organismo mental está todo o tempo turbinado.
Rámakrishna comparava a mente humana com um inquieto macaco, que tivesse tomado álcool, tivesse sido picado por um escorpião e, ainda por cima, se lhe tivesse ateado fogo ao pelo! Assim somos nós.
Para alcançar sucesso no Yôga precisamos primeiramente retirar o fogo (pratyáhára); depois, retirar o veneno do escorpião (dháraná); em seguida, retirar o álcool (dhyána); e, finalmente, retirar o próprio macaco (samádhi).
Da mesma forma como não conseguimos enxergar o fundo de um lago cuja superfície esteja turbulenta, uma pessoa não pode conhecer o fundo de si mesma se sua mente (personalidade) estiver agitada, instável.

Shiva Shankara, em seu estado meditativo

Mas, como alcançar a estabilidade da consciência? Como desabrochar a supraconsciência? Como fazer fluir a intuição linear? O processo é simples, só requer disciplina e constância.
Tudo se baseia singelamente em exercer concentração duas ou mais vezes por dia, fazendo com que a mente se eduque e deixe de dispersar-se o tempo todo. O alimento da mente é a diversificação. Por isso as pessoas gostam de divertir-se, e as coisas novas fazem tanto sucesso.
Se você negar à sua mente essa dispersão compulsiva, ela primeiro vai reagir como uma criança (que ela é) e vai fazer birra, vai espernear e dizer que quer parar o exercício, que quer sair, que quer dispersar, pensando noutra coisa, fazendo outra coisa, qualquer coisa! Depois, aos poucos, vai-se disciplinando e conseguindo extrair um prazer muito especial em permitir-se ficar alguns instantes todos os dias, fazendo uma catarse que consiste em esbanjar o que nós temos de mais escasso e precioso: o tempo.
Só de “ficar quietos” já estaremos recarregando nossas baterias. Mas meditação não é isso. É o que vem depois. Meditação é quando ocorre uma mudança de canal pelo qual flui a consciência. Normalmente, ela flui pelo mental, ou pelo emocional, ou pelo físico. Mas poucas pessoas experimentaram desligar todos esses circuitos e deixar a consciência fluir por um canal mais sutil, mais profundo, chamado intuicional.
Enquanto está falando, trabalhando, estudando, viajando, divertindo- se, você está recebendo informações do exterior. Para ter insights é preciso parar tudo e permanecer sem bombear registros de fora para dentro. Só assim você consegue inverter o fluxo da percepção e fazer aflorar o que está em seu interior. É aí que tem lugar a criatividade artística ou empresarial. É aí que ocorre o autoconhecimento.
Um pequeno truque: se você ficar com o rosto contraído ou as costas encurvadas, será mais difícil meditar. Experimente sentar-se ereto e adotar um ar de leve sorriso. Verá que este pequeno artifício o ajudará a superar os primeiros bloqueios.
Outra dica: quanto menos você variar o método, mais rapidamente conseguirá entrar em meditação. Variar é dispersar. A dispersão é o alimento da mente. Sem a dispersão, a mente tende a aquietar-se e pára de eclipsar o estado de intuição, mais sutil. Neste livro, oferecemos 52 métodos de meditação para que o leitor possa escolher o que considerar mais simpático ou efetivo. E também a fim de que o instrutor disponha de um repertório variado para utilizar nas suas aulas. Não obstante, devemos alertar os praticantes de que se aplicar sempre o mesmo suporte de concentração, atingirá seu escopo com mais rapidez.
Como saber se já alcançou o estado de meditação ou supracons- ciência? É simples: se formula essa dúvida, você não meditou. Se meditasse não teria dúvidas! Mas a recíproca não é verdadeira. Se não tiver dúvidas, isso não é garantia alguma. Você pode ter entrado em auto-hipnose ou em alguma psicopatia se foi mal orientado por ensinantes não-formados. Nesse caso, ao invés de despertar uma megalucidez, o praticante entra num mundo de devaneios e alienações. Isso é muito freqüente quando aventureiros tentam fazer meditação sem sua infra-estrutura natural que são os demais angas do Yôga que a precedem: mudrá, pújá, mantra, pránáyáma, kriyá, ásana, yôganidrá.

Fonte: Meditação e autoconhecimento, DeRose

Dháraná - concentração


"Concentração é um conceito que não requer nenhuma explicação adicional. Todos sabem o que significa concentrar-se. No Yôga, a concentração (dháraná), é a plataforma de lançamento para alcançar o estágio seguinte, meditação ou (dhyána)." 
Meditação e autoconhecimento, DeRose.

Foto Fer Vasconcelos | Modelo: Marina Engler

As técnicas corporais de equilíbrio são excelentes opções para aprimorar a concentração.

Pratyáhára - abstração dos sentidos

A abstração dos sentidos é um fenômeno que todo o mundo já experimentou muitas vezes. Ocorre, por exemplo, quando você está assistindo a uma aula que lhe interessa e não escuta os ruídos circundantes, como uma buzina, campainha, pessoas falando. O mesmo ocorre quando você deixa de escutar a música ambiente, o ruído do ar condicionado etc.


Denominamos pratyáhára consciente quando o fenômeno torna-se voluntário. Por exemplo, você está na sala e decide não escutar mais a música ambiente ou o ruído da rua.
Quando se trata de som, é mais fácil de dominar. Depois, os exercícios passam a ser feitos com os outros sentidos: visão, olfato, paladar e tato.
Não precisa ficar preocupado. Não se trata de desenvolver nenhuma anomalia, mas tão simplesmente de dominar os seus sentidos para desligá-los, tornar a ligá-los ou mesmo aguçá-los, conforme melhor lhe aprouver. Já é um início de desenvolvimento de siddhis, as paranormalidades.

Fonte: Meditação e autoconhecimento, DeRose

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Estimule sua concentração


Já que o assunto do momento é meditação, e para meditar é preciso se concentrar, aí vai uma técnica para estimular e desenvolver ainda mais a sua concentração:


Drishti kriyá

Os drishtis são variedades de trátaka (limpeza dos globos oculares) que podem ser utilizados sob duas interpretações: como kriyás ou com dháraná. No primeiro caso são denominados bahiranga trátaka (externos) e no segundo caso, antaranga trátaka (internos). Como kriyás, o praticante não precisa atentar para a concentração mais do que o necessário à boa consecução da técnica.
Sendo os drishtis, exercícios de fixação do olhar, os músculos oculares são muito solicitados e os globos oculares ficam lavados pelo lacrimejamento. Por isso mesmo, se feitos com moderação podem beneficar os olhos e reduzir alguns problemas visuais. Mas, ao contrário, feitos com exagero poderão lesionar o mecanismo da visão.
Na variedade de exercícios para concentração, o praticante deve esforçar-se por não deixar o pensamento evadir-se do objeto da fixação. Por exemplo, se o objeto é uma estrela, procurar ficar sem piscar o máximo possível de tempo, dentro do racional, mantendo a atenção fixa na estrela.
Alguns exemplos de drishti:
- Naságra drishti: fixação na ponta do nariz;
- Bhrúmadhya drishti: fixação na raiz do nariz, entre as sobrancelhas;
- Agni drishti: fixação no fogo (chama de uma vela, fogueira, tocha etc.);
- Táraka drishti: fixação numa estrela;
- Chandra drishti: fixação na lua;
- Súrya drishti: fixação no sol (só no nascente e no poente, mesmo assim, apenas naquele momento em que não fira os olhos).

Fonte: Tratado de Yôga, DeRose

O caminho da vida...

 ... é a transformação.


Para transformar é necessário conhecer
Para conhecer é necessário observar
Para isso, é necessário se concentrar
Concentrado, a consciência se estabiliza
Inicia-se percepções mais expandidas 
Meditações
Transforma ação

Marina Engler

Meditação - insight de fim de tarde



Após arrumar toda a cozinha e lavar a louça,
Sinto o aroma do café ao ser coado...
Um sutil elevar nos cantos dos lábios surgiu

O coração se sentiu mais suave
O canto dos pássaros do meio da tarde...
Mais alguns ruídos na casa e na rua me tocam

Sinto até o som inaudível do ar roçando minha pele.
O toque amarelado dos raios de pôr-do-sol lá fora.
Paz, silêncio...

A eternidade vislumbrada num instante do tempo.
Com os olhos fechados, sou o próprio brilho.
Radiante luminosidade que se expande.

Uma compreensão avassaladora do Universo,
Sei quem sou. Sou o todo! O nada!
E...

Volto a notar os pássaros que continuam a cantar
O café que já acabou de coar
Observo meu cotidiano que tanto amo.
Felicidade e gratidão.

Marina Engler

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Meditação - intuição linear II


"Penso 99 vezes e nada descubro. 
Deixo de pensar, mergulho no silêncio, e a verdade me é revelada."

Albert Einsten



Meditação - intuição linear I


"É claro que nós cientistas usamos a intuição. 
Conhecemos a resposta antes de ir checá-la."


Linus Pauling, Prêmio Nobel de Química de 1954.


Meditação - O Lótus e os quatro elementos



Vamos estudar o mesmo tema sob outro ângulo. Continuaremos com a lagoa, mas vamos agora tomar para exemplo uma flor aquática. Comparemos o processo da meditação à flor de lótus. O lótus (padma) é muito reverenciado no Oriente. Uma das razões de tal veneração é devida a que essa flor está associada aos quatro elementos: terra, água, ar e fogo. Terra, porque suas raízes estão na lama do fundo da lagoa. Água, pois, sendo uma planta aquática, seu caule sobe por esse elemento. Ar, já que as pétalas desabrocham na superfície. E fogo, do Sol, sem o qual não ocorreria a fotossíntese.

Os pés na terra e a cabeça no céu 
O outro motivo do carinho que as culturas orientais votam ao lótus é o grande exemplo de comportamento na vida que essa flor nos proporciona. Ela tem suas raízes enterradas no lodo sujo, escuro e mal-cheiroso. No entanto, consegue transmutar os elementos que dele retira e produzir pétalas imaculadamente limpas, brancas e perfumadas. É como se nos dissesse: trabalhe com os pés no chão, lide com o dinheiro, enfrente a imundície mundana, lute bravamente pelos seus direitos e pelo que você acredita, mas mantenha a cabeça no céu, acima de todas essas coisas, acima das mesquinharias do mundo.
Os quatro angas superiores
Ainda podemos estabelecer uma comparação com os angas superiors do Yôga de Pátañjali: as raízes correspondem ao pratyáhára; o caule simboliza o dháraná; a flor, o dhyána; e o Sol representa a iluminação, o samádhi.
Fonte: Tratado de Yôga, DeRose

Meditação – Parábola da Lagoa


No fundo da lagoa que abastecia de água a aldeia Vajrakutir, havia um diamante. Dois homens resolveram procurar a valiosa gema observando a partir da superfície. A face norte da lagoa era assolada por ventos que encrespavam a superfície das águas. Do outro lado, na face sul, as montanhas protegiam-na dos ventos  e a superfície era serena. Assim, o homem que tentou ver o fundo da lagoa pelo norte nada enxergou, pois havia uma barreira de turbulência entre ele e a pedra preciosa. Mas o que divisou pelo sul, conseguiu ver o fundo da lagoa e o tesouro que lá estava.
A lagoa é a mente. O diamante é o Púrusha, o Self, a Mônada. A superfície encrespada é a turbulência das ondas mentais (chitta vritti). A superfície serena corresponde à supressão da instabilidade da consciência ( chitta vritti nirôdhah*).


Praticando meditação, nosso objetivo é parar a mente e passar a fluir a consciência por outro canal, o do conhecimento direto ou intuição. Parando as ondas mentais, podemos ver o diamante no fundo de nós mesmos, ou seja, alcançar o autoconhecimento.
*Chitta, habitualmente traduzido como mente, significa mais apropriadamente consciência. Vritti, pode ser traduzido como onda, vibração, modificação, instabilidade. Nirôdhah, significa cessação, supressão, eliminação. Assim sendo, podemos traduzir a célebre definição do Yôga Sútra “Yôga chitta vritti nirôdhah” como “o Yôga é a parada das ondas mentais” ou, numa tradução melhor, “o Yôga é a supressão da instabilidade da consciência.”

Fonte: Tratado de Yôga, DeRose.

domingo, 19 de agosto de 2012

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Concentração, meditação e hiperconsciência


Finalizamos a nossa classe de SwáSthya Yôga com o samyama. Pois, é nesse momento que você está mais apto a se concentrar e estabilizar profundamente as ondas mentais. É o coroamento da prática.

Samyama consiste em executar, numa só sentada, concentração, meditação e hiperconsciência – dháraná, dhyána e samádhi.

O Samyama é observado mediante técnicas de concentração e saturação mental sobre um mesmo objeto que pode ser uma imagem (yantra), som (mantra) etc.

Foto: Fer Vasconcelos | Modelo: Marina Engler 

Com a prática conquista-se:
Desapego;
Des-envolvimento;
Estabilidade física, emocional e mental;
Expansão da consciência;
Lucidez;
Etc.

Mudam-se os quereres e as vontades; os desejos se tornam mais sutis.

Continua-se a vida mas muda-se completamente o ponto de vista.
Obviamente que todo o processo é gradativo, quanto mais se expande a consciência mais se adianta para fora da prisão.

Diz muito bem o Mito da caverna. Despede-se pouco a pouco das trevas rumo a luz. A lucidez vem com a transformação do homem para o super-homem, ou, como denominamos no Yôga, yôgi. Um Homem que tem lucidez e atua na sua própria vida moldando o seu futuro com consciência.

Por fim, encontra-se a liberdade cósmica. Encontra-se com a essência cósmica, Púrusha, Shiva, Deus, Eu Supremo, como quiser chamar... Uni-se ao Todo, ao Universo, ao Infinito.

Simplesmente é-se! Torna-se ao Si Mesmo.

Para meditar

É necessário observar com disciplina yamas e niyamas, ou seja, as prescrições e proscrições éticas.
Praticar com disciplina e constância as técnicas*.
É preciso afinco, dedicação, vontade, disciplina e humildade.
Estudo.

O fruto sempre é recompensador na medida do que você se deu.

Quem segue pelo caminho reto, acelera o seu processo evolutivo.

Filosofar é necessário. Mergulhar em pensamentos reflexivos sobre os grandes temas da vida é tomar rumo ao caminho do autoconhecimento e hiperconsciência.

*Técnicas/ferramentas utilizadas para propiciar e acelerar o processo meditativo: mantra, pránáyáma, kriyá, ásanas, mudrás, bandhas, yôganidrá e samyama. Não necessariamente nessa ordem.


Para saber mais, 
agende sua aula experimental: 
14 9738 3613.

Marina Engler

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

As 3 chamas do amor - Cântico dos cânticos!

A professora Patrícia Prado, da escola Waldorf, passou esse vídeo na última reunião de pais.
Para que nós pudéssemos desfrutar dessa maravilhosa verdade, afim de prepararmos nossos filhos para vivenciar a verdadeira sexualidade da vida: Amor, Compromisso e Amizade. 
(palavras da mãe Patrícia Bresser)


Na verdade, serve de reflexão, inclusive para nós, "adultos".
Será que estamos fazendo juz ao amor?

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Deus por Fernando Pessoa


Não acredito em Deus porque nunca o vi.
Se ele quisesse que eu acreditasse nele,
Sem dúvida que viria falar comigo
E entraria pela minha porta dentro,
Dizendo-me Aqui estou!

Nascer do sol na Coline Verte/Bauru por Marina Engler

(Isso é talvez ridículo aos ouvidos
De quem, por não saber o que é olhar para as coisas,
Não compreende quem fala delas
Como o modo de falar que reparar para elas ensina.)

Mas se Deus é as flores e as árvores
E os montes e sol e o luar,
Então acredito nele,
Acredito nele a toda a hora,
E a minha vida é toda uma oração e uma missa,
E uma comunhão com os olhos e pelos ouvidos.

Nascer do sol na Coline Verte/Bauru por Marina Engler

Mas se Deus é as árvores e as flores
E os montes e o luar e o sol,
Para que lhe chamo eu Deus?
Chamo-lhe flores e árvores e montes,
Se ele me aparece como sendo árvores e montes
E luar e sol e flores,
É que ele quer que eu o conheça
Como ávores e montes e flores e luar e sol.

Alberto Caeiro

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Antes de morrer... Viva!

Discurso de Bryan Dyson, ex-presidente da Coca-Cola, ao deixar o cargo.

A vida é curta...

"Imagine a vida como um jogo em que você esteja fazendo malabarismos com cinco bolas no ar. Estas são: seu Trabalho - sua Família - sua Saúde - seus Amigos e sua Vida Espiritual, e você terá de mantê-las todas no ar. 
Logo você vai perceber que o Trabalho é como uma bola de borracha. Se soltá-la, ela rebate e volta. 
Mas as outras quatro bolas: Família, Saúde, Amigos e Espírito, são frágeis como vidros. Se você soltar qualquer uma destas, ela ficará irremediavelmente lascada, marcada, com arranhões, ou mesmo quebradas, vale dizer, nunca mais será a mesma.

 Deve entender isto: tem que apreciar e esforçar para conseguir cuidar do mais valioso.

 Trabalhe eficientemente no horário regular do escritório e deixe o trabalho no horário. Gaste o tempo requerido à tua família e aos seus amigos.

 Faça exercício, coma e descanse adequadamente. E sobretudo... Cresça na sua vida interior, no espiritual, que é o mais transcendental, porque é eterno.

Shakespeare dizia: "Sempre me sinto feliz, sabes por quê? Porque não espero nada de ninguém. Esperar sempre dói. Os problemas não são eternos, sempre têm solução. 

O único que não se resolve é a morte. A vida é curta, por isso, ame-a! 

Viva intensamente e recorde:
Antes de falar... Escute! 


Antes de escrever... Pense!


Antes de criticar... Examine!


Antes de ferir... Sente!


Antes de orar... Perdoe!


Antes de gastar... Ganhe!


Antes de se render... Tente de novo! 


ANTES DE MORRER... VIVA!"



domingo, 5 de agosto de 2012

A importância do Yôga para crianças


O desenvolvimento infantil está intimamente ligado com as condições de vida da criança, tais como  alimentação, saúde, lazer, e acima de tudo, educação familiar e escolar. Diante deste cenário atual, o Yôga tem muito a contribuir na formação do indivíduo enquanto um ser integral e integrado, e, neste sentido, a prática desta técnica milenar traz inúmeros benefícios tanto às crianças, como às famílias, à escola e à sociedade.
Na sociedade cada vez mais competitiva em que vivemos, pode parecer estranho que crianças sejam estimuladas à introspecção, num contato profundo com seu interior e o próprio corpo. Porém, resultados práticos mostram que, quanto mais cedo se estimula o relaxamento e a quietude interna, maior será sua capacidade de se concentrar e entender melhor o mundo que a cerca. Além de que atividade física é vital para o desenvolvimento das crianças, e atualmente, com o avanço da sociedade moderna, vivemos uma vida muito mais sedentária do que nossos pais e avós. A prática do Yôga é uma forma saudável e divertida das crianças se exercitarem.
Nas aulas são trabalhadas diferentes conjuntos de técnicas e vivências, respeitando sempre o limite individual até porque eles ainda estão em formação física, psicológica e mental. Existem exercícios especialmente indicados para crianças, a quem se ensina como se fosse uma brincadeira e que, por não criar uma rotina e fazer de cada aula uma seqüência de novidades, motiva os “novos” praticantes.



As crianças se beneficiam muito da prática do Yôga através do desenvolvimento do equilíbrio, coordenação motora, flexibilidade e alongamento. Existem técnicas que massageiam os órgãos e glândulas, o que favorece o bom funcionamento da digestão e excreção; a capacidade respiratória é altamente beneficiada, melhorando as condições gerais do aparelho respiratório. A prática possibilita à criança adquirir consciência corporal, bons hábitos posturais, tônus muscular adequado à estrutura óssea da criança, estimula o crescimento e contribui para um sono de melhor qualidade.  E essa é apenas a parte física da prática. Além de todos os benefícios anteriormente citados, têm-se os aspectos emocionais e psíquicos que também são estimulados. A criança desenvolve equilíbrio emocional, auto-confiança, concentração, atenção, memória, aumenta a percepção do mundo à sua volta, aprende a liberar as tensões e a manejar a agressividade.
Não existe idade para fazer Yôga, porém aos três anos pode se iniciar uma prática com execução de posições adequadas às fases do desenvolvimento motor. As crianças têm mais elasticidade, o que proporciona um aprendizado muito mais rápido que dos adultos. Outra vantagem está em que, ao praticar, as crianças desfrutam o momento e o fazem plenamente, não trazem preocupações, aproveitando ao máximo seus infinitos benefícios.
Por todos estes fatores, é muito boa a aderência das crianças à prática, e os benefícios são percebidos muito facilmente, além de serem muito importantes na própria formação física, mental e emocional delas.
    
MINI-CURRÍCULO
Paola Oliani Vieira da Silva é psicóloga e professora de Educação Artística formada pela Unesp (Universidade Estadual Paulista/ Campus de Bauru). Desenvolve projetos em escolas públicas e particulares, de educação infantil e ensino médio, desde 2000, tendo realizado atividades com alunos, professores e funcionários.
Formou-se como professora de Yôga e Tai-chi pelo Núcleo de Yôga e Tai-chi Shivashram, Bauru. Fez cursos de Yôga, Bio-psicologia e Ayurveda no Parque Ecológico Visão Futuro em Porangaba. Curso de Hatha Yôga no Ashram Vedniketam em Rishikesh, Índia.  Fez formação em Yôga para crianças e adolescentes com Maurício Salem no Shanti Yoga Shala, Rio de Janeiro.

Texto escrito por Paola Oliani

Agende uma aula experimental para seu filho.
Contato com Paola: 14 8115 7921 / paolashiva@hotmail.com